Wednesday, September 16, 2009

Amor e Medo

Ora Viva!

Vamos finalmente falar do Amor e do Medo. Este será provavelmente um post gigante. Mas é também o post mais importante e sério já redigido neste blog. Abençoados sejam os que lerem até ao fim.


O Amor

Vamos começar pelo Amor. O Amor é uma coisa engraçada, porque aparentemente já não existe Amor Verdadeiro - cuja definição implícita espero deixar clara neste post. O que existe agora são interpretações do Amor. "Para mim o Amor é isto". "Para mim é aquilo". "Ah não, eu acho que o Amor é assim". "Não não, Amor é assado!". Interpretações.

Espero que as vossas pequenitas mentes consigam acompanhar este raciocínio.

Interpretações. Uma interpretação não é uma realidade. Na realidade eu tenho um livro, na putatividade tenho interpretações sobre o que o autor queria dizer. Na realidade o autor tem a sua verdade, nós temos interpretações dessa verdade. Mas a Verdade existe.

O melhor exemplo para ilustrar isto é o orgasmo - de que já tanto aqui se falou. Quantas interpretações é que vocês conhecem do orgasmo? Nenhuma. Quantas vezes se dá esta conversa: "ah não, para mim um orgasmo é isto", "não não, para mim é aquilo..."? Nenhuma, certo? No máximo temos comparações de estados diferentes de orgasmo.

Não é possível haver interpretações porque - felizmente - nós ainda sentimos orgasmos. É uma das últimas coisas que ainda nos permitimos sentir, porque é a única forma de os ter. Se nos mantivermos na mente e na racionalidade nunca vamos ter a experiência do orgasmo. Como já foi falado antes, quando estamos no momento preciso do orgasmo não estamos a pensar em nada. Estamos simplesmente lá.

Compreendido até aqui? Eu sei que é complicado acompanhar estas coisas. É melhor lerem de novo. Eu espero. Já está? Vamos lá continuar então.

Então - na visão deste vosso Coach - quase não há Amor. 90% dos relacionamentos não são relacionamentos assentes no Amor. São meras interpretações do Amor. São conceptualizações. São racionalizações. São coisas que sentimos na cabeça e não no coração. Porque se vivêssemos profundamente o Amor - se o sentíssemos absolutamente - não seria necessário interpretá-lo. Não haveria várias definições ou abordagens. O Amor seria aquilo que apenas É. Amor. Sem quaisquer adereços.

Tal como o orgasmo, o Amor é um estado profundo, um sentimento, uma vibração interior. E quando a sentimos é algo de inigualável, quase indescritível. Não há nada tão intenso, profundo e bonito como o sentimento puro de Amor.




O Medo e o Amor

Ora bem, que têm o Medo a ver com Amor? Nada. Costumam dizer que o contrário de Amor é Ódio. Nada mais longe da verdade, do ódio ao amor - e vice-versa - vai um saltinho minúsculo. Muito mais inteligentemente há quem diga que o contrário de Amor é indiferença - e com isto já concordo. Mas, mais inteligentes ainda, parecem-me ser os raros que dizem que o contrário de Amor é medo.

Se esmiuçarmos bem a questão, não é difícil compreender que existem dois sentimentos base na nossa estrutura emocional: O Amor - num extremo - e o medo - noutro extremo. Todos os outros sentimentos derivam destes. A alegria, compaixão, amizade, empatia, o riso, o bem-estar, a felicidade, o êxtase, a euforia, yada yada yada, derivam do Amor. A tristeza, a angústia, a depressão, o ódio, a raiva, a ansiedade, a violência, yada yada yada, derivam do Medo. Se tiverem dificuldade em compreender estas derivações, meditem um pouco no assunto. Tenho a certeza que conseguem chegar ao porquê da violência não derivar do Amor e da compaixão não derivar do medo.

Leram bem os dois parágrafos anteriores? Mesmo, mesmo? Isto não é para ler na diagonal. É para estudar, compreender, sentir e assimilar. Conseguiram encontrar sentido em tudo o que se disse? Vamos lá... leiam só mais uma vez, o Coach espera.

Ora bem - tendo bem presente estes conceitos base - vamos então ao busílis da questão.

A maioria dos sentimentos que sustêm as relações "amorosas" que temos/tivemos na nossa vida não são sentimentos que de Amor, mas sim de medo. Os sentimentos que dominam a maioria das nossas relações são: insegurança, ciúme, controle, dependência, expectativa, angústia, ansiedade, manipulação, exigência, yada yada yada. E todos estes sentimentos têm a sua raiz no medo e não no Amor.

O Amor é o sentimento mais puro, sublime, incondicional e ilimitado que existe. E nós somos uns maricas. Como somos maricas e nós é impossível abarcar este conceito idílico de Amor, criámos uma espécie de mímica, um modelo - baseado no medo, sentimento com que já lidamos muito melhor - que imita o Amor. Que nos dê a ilusão da magnificência que é Amar.

E já vos estou a ouvir "ahh mas eu sofri imenso, queres-me dizer que não Amava realmente, quando sofri tanto?". Sim, pequenito. É exactamente isso que te quero dizer. Temos esta ideia parva de que se sofremos muito é porque amamos imenso. Tretas. Sofrer não tem nada que ver com Amor, o sofrimento não é produto do Amor mas sim do medo. O sofrimento é produto desta mímica absurda que fazemos para nos enganarmos a nós mesmos e ficarmos quentinhos e confortáveis, comodamente assentes numa relação estéril e vazia.



A maioria das relações começam lá em cima. Cheias de Amor, de Paixão, de desejo, de êxtase, de partilha, de cumplicidade. Mas - quase quase imediatamente - o medo toma conta de tudo. Se estamos sozinhos temos medo de nunca encontrar alguém. Quando encontramos alguém - após o primeiro "Amo-Te" - passamos o resto da vida com medo de perder esse "amor". E então vamos tentando delimitar as coisas, acertar os limites, definir o que gostamos, não gostamos, o que queremos e não queremos, se somos compatíveis ou não, se "funcionamos" ou não, o que me magoa e ela não pode fazer, o que a magoa e eu não posso fazer e "à mínima coisinha entramos logo em diálogo". Mente, razão, lógica. E muito pouco coração, muito pouca espontaneidade, muito pouco sentimento.

Temos medo. E construímos as nossas relações com base nos nossos medos, nas nossas angústias, nos nossos traumas, no nosso passado, nos nossos projectos de futuro. Medo, medo, medo e muito pouco Amor.


O Amor é uma nota de rodapé na maioria das relações amorosas.


Ufa. Está dito. Estão chateados e revoltados? Acham que isto é treta? Sentem que são diferentes e vivem plenamente em Amor? Testem-se então pequenitos: vocês vão a passear num jardim e dão de caras com a vossa menina, sentada num banco de jardim a conversar com um amigo dela, a rirem-se ambos a gargalhada, ele faz-lhe festinhas no braço de vez em quando e sorriem muito cúmplices um para o outro. O que é que vocês sentem ao verem a vossa menina nesta situação? Se sentem ciúmes, insegurança, ira ou medo digam-me que parte do Amor que nutrem por ela é que sente isso? Que parte do Amor que nutrem pela vossa cara metade é que fica incomodado ao vê-la tão feliz? Que parte do Amor é que é possessivo? Que parte do Amor é que não confia? Que parte do Amor é que é inseguro?

Nenhuma. Vocês sentem ciúmes exactamente porque não estão a Amar aquela pessoa. Gostam dela, estão dependentes dela, nutrem um sentimento de posse, exigem certos comportamentos, esperam certas atitudes, tem uma grande amizade, estão imensamente acomodados, é-vos muito confortável toda a vida que construíram em conjunto com ela, ou qualquer outra variante. Mas não a Amam Verdadeiramente.

E não se sintam mal, 90% das pessoas estão com vocês. E esse 90% das pessoas nem vai querer fazer esforço nenhum para aprender a Amar. Porque dá trabalho, porque mexe com os nossos medos, porque implica mexer em partes de nós que não queremos mexer... e é muito mais fácil passar a vida toda ao sabor da maré do que mudar.

90% das pessoas nem vai absorver a mínima parte deste post. Porque vão perder mais tempo a compreendê-lo - com a mente, do que a senti-lo - no seu coração. E este post - assim como o Amor - vem e vai directo ao coração. A mente nunca o vai compreender, nunca vai conseguir encontrar lógica, os medos vão logo extrapolar e hiperbolizar todas as questões, colocar cenários hipotéticos em que o nosso medo é Rei e nos dirá prontamente "nem pensar, era o que faltava... daqui a pouco estamos a ser assim e assado não?". Pois, eu sei. Eu compreendo-vos petizes. Desejo-vos a melhor sorte.

90% das pessoas não faz ideia da fatia de vida que está a perder. Não podem fazer, porque se fizessem dariam este mundo e o outro para chegar lá. Para Amar, para Viver, para Ser. Nada nos faz sentir mais vivos que Amar Verdadeiramente. E, hoje em dia, vivemos num cemitério.

Haja coragem, haja determinação, haja força. Possam vocês ressuscitar e sentir-se vivos novamente. Possam vocês ser dos 10% que Amam. Possam vocês ser livres de dogmas, complexos e preconceitos. Possam vocês abrir as asas e voar. E tudo começa com uma firme decisão interior. Do it.



"90% de todas as percentagens são inventadas. Incluindo esta" - The Love Coach

44 comments:

  1. Impressionante como este texto não tem comentários. Mas assim, como assim, parece que foi escrito para mim, para ser lido por mim, por estes dias da minha vida. Logo é juso que mais ninguém comente.

    "O sofrimento é produto desta mímica absurda que fazemos para nos enganarmos a nós mesmos e ficarmos quentinhos e confortáveis, comodamente assentes numa relação estéril e vazia."

    Este parágrafo diz-me muito. É fortíssimo, e tem tanto de duro como de verdadeiro. Há pessoas que vivem num cemitério (que pode ser bonito e tranquilo, estar bem florido e onde ninguém contesta a paz reinante) mas WTF?!?! Temos tanto tempo para isso, como é que vamos perder o nosso precioso e irrepetível tempo só a sonhar com o dia em que nos vamos permitir viver outra vez? e vamos deixar de sonhar e agir quando? Quando for tarde demais?

    Não é fácil ter coragem e determinação para escancarar as portas da nossa vida, deitar a casa abaixo, voltar à Casa Partida e viver uma visão de Vida onde deixamos entrar o AMOR, apesar dos medos que sempre rondarão. Mas nada compensa mais do saltar esse muro. É preciso arriscar a ser Feliz.


    P.S. Este texto está muito perto da minha visão de Vida (nem sempre da minha forma de vida, apesar de eu procurar avidamente que a minha missão vá ao encontro desta visão.
    Coach,
    Pergunto-me se consegue sempre agir de acordo com as suas palavras, na sua própria vida, ou se se aplica a si o velho adágio popular: "quem não sabe ensina"?

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  2. Sinceramente não concordo em muita coisa do que aqui foi escrito, porque se isto é assim.
    Onde estão esses 10% que praticam o verdadeiro AMOR, onde estão esses que conseguem viver sem esses medos de que se fala, livres desses dogmas preconceitos e complexos?
    A teoria é uma coisa, mas a fria realidade é bem diferente é muitas das filosofias não encaixam no mundo real !

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  3. Adorei... Acho que nunca tinha comentado mas hoje não pude deixar de fazê-lo. O Amor não é uma frase, uma interpretação ou uma definição... é um estado. E um estado não se define.

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  4. Que texto! Chamar-lhe-ia "Tsunami do pseudo-amor", pois o texto é capaz limpar (por completo), dentro da nossa casa, a secção a que se refere o amor. As nossas ideias, que tanto tempo levamos a organizar, catalogar, sobre o amor, são capazes de irem direitinhas para o ecoponto mais próximo (ohhhhhhhhhh).
    Neste momento, questiono-me,( eu, menina convencida que já tinha amado)se faço ideia do que é o amor, amar e ser amada!Mesmo sem conseguir dar uma definição ou interpretação verbal do amor, eu achava que já o tinha sentido! Agora, pós-tsunami, sinto-me perdida.Assim, de repente, só me lembro de um poema de Sophia de Mello B.A. "É urgente o amor."

    VV
    P.S.Obrigada por nos obrigar a questionar, pensar... Dá trabalho, medo, assusta e dá vontade de dizer. "Que coisa tonta... Tangas!", mas se pensarmos bem, mesmo bem, somos capazes de ficar assustados...

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  5. nao posso deixar de comentar e de concordar! e agora olhando para dentro, para mim, comecei a ser mais feliz, a ter menos preocupaçoes, a viver mais quando deixei de ter medo de tudo, quando deixei de ter medo que me tirassem algo que nao era meu!.. hoje vivo sem medos, sem compromissos, sem a ideia do´"é meu nao se metam com ele" sem sentimentos de posse.. vivo aproveitanto os momentos que tenho sem medo de saber se sera p ultimo ou nao.. é bom estar ali.. é bom viver aquilo.. é bom enquanto dura...
    nao estou amar... estou apenas a viver sem o medo..

    Beijo

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  6. Eu pergunto-me quantos conseguem realmente amar assim?Sim,acredito que seja possível,mas até chegar lá,é como o Coach diz "é preciso uma firme decisão interior",que a maioria das vezes,muitas pessoas não têm,não porque não querem,mas porque pessoalmente acho que o Amor anda de mãos dadas com o Medo.

    Revi-me em muitas partes do que está escrito,sem tirar nem por e concordo.Mas ao ler isto,podemos querer aprender esta lição, decidirmos seguir em frente para Amar verdadeiramente.E se não conseguirmos?A frustração de não conseguir não será pior?Ou ficar a pensar que afinal andamos aqui a brincar ao Amor e nunca iremos lá chegar?Não quero dizer que é irreal,mas às vezes não parte só do querer e do coração,é de tudo o mais.

    E sim,é bonito e verdadeiro o que escreveu,mas quantos são os que realmente irão conseguir amar assim?E vou ser sincera,se calhar nunca conseguirei amar verdadeiramente,mas não poderei deixar que este texto com tudo o que de real tem,me deixe triste no que para mim é o sentimento de amar.Amo como sei,sentindo,imperfeitamente segundo o texto do Coach,mas Amo.

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  7. Já reencaminhei todos os leitores do Black&White para aqui. Este texto devia ser leitura obrigatória para muita gente que anda por aí completamente iludida. Concordo a 100% com o que escreveste, Coach. Continua a deliciar-nos com a tua escrita!

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  8. Sem dúvida, um texto que fala acerca daquilo que eu não tinha ousado pensar ainda.

    Excelente!

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  9. dá muito que pensar e, inevitavelmente, faz-nos sentir medo!!
    medo de que seja tudo realmente muito verdade!!
    Dá muito que pensar.

    Talvez não se saiba realmente amar.

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  10. Vou ter que concordar com 90% de tudo aquilo que escreveste. Há uma parte do texto que gostava de perceber melhor.

    "vocês vão a passear num jardim e dão de caras com a vossa menina, sentada num banco de jardim a conversar com um amigo dela, a rirem-se ambos a gargalhada, ele faz-lhe festinhas no braço de vez em quando e sorriem muito cúmplices um para o outro. O que é que vocês sentem ao verem a vossa menina nesta situação? Se sentem ciúmes..."

    Não é suposto sentir ciumes? Eu já nem digo ciumes, mas não é normal sentir-nos minimamente pertubados?

    Os leõs lutam entre si para manter as suas fêmeas e eles não racionalizam. É certo que também não amam. Mas é um instinto.

    Obrigado Coach.

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  11. Aqui está um biscoito:

    http://www.youtube.com/watch?v=Q38N9QvsdzU


    Assim que li o tópico lembrei-me desta cena.

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  12. Magnífico texto sobre um tema complexo. Concordo totalmente com o "isolamento" que propões do amor de tudo o resto que normalmente tendemos a associar-lhe, que não são demonstrações ou sintomas de amor mas sim do receio de o perder (e de perder muitas vezes algo que nem sequer realmente amamos mas sim que apenas nos faz falta por alguma razão).

    Faço os seguintes comentários adicionais ao texto:

    - ficava bem nesta reflexão uma diferenciação entre amor e paixão. Nem toda a gente concorda mas são coisas totalmente diferentes e normalmente até independentes. Ao contrário do que li uma vez ao Arrumadinho, é possível amar uma pessoa e não estar apaixonado por ela. Aliás defendo que a paixão quando se vai vai, e não acredito na treta de que volta, o que volta são amostras de paixão, bem-estar e harmonia entusiasmada passageira, mas não a paixão conforme a sentimos no início de um qualquer relacionamento. Muitas pessoas confundem amor com paixão, julgam que andam ou têm de andar de mão dada e que um não existe sem o outro. A meu ver, totalmente errado.

    - a maioria das pessoas associa amor à posse. Se amo tenho de ter. Parece-me um fundamento errado do amor, e que propicia a demonstração de todos os sintomas que dizes (e bem) nada terem a haver com o amor mas sim com o receio humano de estar sozinho ou de perder algo ou alguém de quem sentimos genuninamente falta. O amor verdadeiro é despreendido. Se amo quero o bem-estar de quem amo, para lá do que me apetece a mim. O bem-estar até pode não coincidir com o que preciso para mim, mas sobrepõe-se ao que preciso (sem se sobrepor no entanto ao nosso amor próprio, que também tem de existir).

    Muitas pessoas dizem amar quando sentem paixão. Muitas pessoas dizem sentir paixão quando amam. Muitas pessoas não sentem nem paixão nem amor, apenas precisam do outro, de alguma forma.

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  13. Eu só gostava de acrescentar que o verdadeiro amor só existe quando é uma fusão de duas pessoas que se amam verdadeiramente (desse amor verdadeiro que referes). Quando uma das pessoas até tem capacidade de amar mas nao é correspondida depoleta-se todo o conjunto de sentimentos maus referidos (medo) e aí sim perde-se o amor possivel que poderia eventualmente acontecer. Penso que o amor verdadeiro acontece poucas vezes porque só é possivel quando entre duas pessoas na mesma onda de frequencia....

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  14. Discordo Carla.
    O amor verdadeiro não depende da reciprocidade. Ou amamos ou não amamos, e o mais certo é amarmos sempre de forma diferente da que somos amados, até porque apesar de tudo, o amor não é, ao contrário da comparação que o Love Coach diz, tão facilmente definivel e identificável como o orgasmo, algo bastante mais (apenas) físico do que o amor.

    Podemos amar sem sermos amados e eu acredito exactamente que só se ama verdadeiramente quando esse sentimento não depende em nada do que recebemos em troca, o que não quer dizer que a ausência de reciprocidade ou mesmo as atitudes que nos desiludam não o matem, isso é outra questão.

    Digo aliás que se todas as pessoas percebem que, como diz um cantor, "é sempre mais feliz quem mais amou", sofreriam bastante menos de amor exactamente por aquilo que lhe associam e não o define, como por exemplo a posse.

    Um bom exemplo são os filhos. É pena que nós, seres humanos, nunca tenhamos conseguido perceber no amor que temos pelos filhos (até paixão, para sempre) a fórmula para amarmos sempre sem necessariamente cobrar-mos muito em troca. Eu estou incluido no grupo dos que ainda não conseguiram.

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  15. Bah! Sinto-me derrotada... LOL Entendo perfeitamente o que está a dizer e li com o coração (pelo menos assim acho) porque não voltei atrás e não repeti a leitura. Fiquei com as partes mais importantes para mim e fiz a viagem que mandou... E depois de todas essas dicas só tenho uma coisa a dizer: estou quase a passar para os 10% LOL Começo a perceber a parte em que amar é querer ver o outro bem, o outro feliz, o outro realizado... é que quando isso acontece temos metade da felicidade partilhada. Acho que nunca me senti tão bem por deixar o meu "brilhante" mundo para trás e fazer algo plo outro... Eu sei que não é só isto mas um passo está dado. Isto só aconteceu com uma pessoa... E sim, com ele ajo sempre com o coração porque se fosse a agir com a mente e com a razao deduzo que nunca mais nos falavamos. Resumindo... Eu sei que pareço patética mas só tenho a dizer que foi uma liçao importante coach :D

    Obrigado*

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  16. O que para aqui vai!

    Gostei particularmente da utilização do orgasmo como forma de chegar à verdade…

    Bem, confesso que parei mais ou menos por aí. Não consegui abrir suficientemente o meu coração para conseguir ler o resto de uma forma condigna. Mas pareceu-me um bocadinho para o dogmático, não? Assim já mesmo a tocar a religião.

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  17. É um ponto de vista interessante e devo dizer, que já estive assim e deixei de estar, depois estive e depois deixei de estar.
    Agora amo, sem medos. Agora não tenho espaço para ciúmes, raiva, e todos esses sentimentos que não são Amor, nem vêem do Amor.

    Penso que com o tempo, as experiências e principalmente com o que se aprendeu entretanto, sabemos que sentimentos não trazer para a relação e acima de tudo em que é que podemos ceder eu não.
    Não acho que o ceder tenha a ver com medo (com conta, peso e medida), tem antes a ver com respeito, não cedo em nada que me seja realmente imprescindível, assim como não quero que a minha outra parte o faça.
    Já aprendi que mais do que monitorizarmos a nossa relação, na base daquilo que sonhámos ter, ou numa "check list", é fazer com o que o outro seja feliz (e vice versa).

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  18. Lol. Obrigado, é o que posso dizer. Também posso dizer: sempre que agi como descreves, fui acusada de falta de amor. Porque quem não sente ciúmes, é porque não ama o suficiente... Quem não quer ter a outra pessoa perto de si, sempre, sob controle, é porque não ama o suficiente.
    Também sou acusada se sentir como um homem.
    Chego a ter medo de não amar, por não ter medos...


    P.S. Também adoro inventar percentagens. E o mais giro, é que as pessoas geralmente acreditam. Estilo: 70% das pessoas acreditam nas minhas percentagens (aliás, 70% é a percentagem em que 90% das pessoas acreditam).

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  19. Esperei para ler este Post com toda a calma, porque antes de o ler sabia à partida que seria um exercício para mim.

    O Amor não é fácil. Porque não é fácil colocar a lógica de lado.

    Eu sinto algo muito forte por alguém, mas tenho medo. Muito até. E o Amor devia bastar a si mesmo; se eu preciso que me amem de volta, será que é amor o que sinto?
    Supostamente o meu amor devia ser suficiente, quer a pessoa escolhesse estar comigo ou não.
    A posse é uma coisa animal, o ciúme é até certa medida uma consequência biológica da ideia de monogamia e acredito que nada tenha a ver com o amor.
    Até porque nós é que romantizamos o conceito.
    Não acredito nisso das respostas fisiológicas+hormonas e etc's como fórmula mágica da razão para duas pessoas estarem juntas.
    Acredito que há coisas que nos transcendem.
    Não pedi para gostar de alguém, senti, houve algo ali que me fez sentir e, portanto e por arrastamento, principiar o acto de amar.
    A questão é que eu vejo o amor como uma construção, como uma evolução, e se o "castelo" tem de desmoronar eventualmente, que caia, desde que se tenha vivido o que se sente, ao invés de nos escondermos atrás do medo.

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  20. meu kerido..como concordo consigo, apenas deixo uma pergunta: o menino ja tomou o seu Prozac hoje?? parece-me bem estar a precisar..

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  21. é k perante tudo isto apenas me resta deixar um repto: Abaixo o amor, viva o sexo!!!

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  22. Rosa,

    Adorei o teu comentário. É isso mesmo. Um sentimento transcendente. e o medo só ajuda a banalizá-lo.

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  23. Olá:) Já não vinha aqui há umas boas semanas e a verdade é que há muito que me perguntava quais os temas que andavas a tratar. O meu caso é diferente de qualquer um que possas ter em mente. Se te contasse verias. Isto pois o meu problema não é ter medo de amar mas sim não ter quem queira o meu sentimento.
    Concordo em pleno com a grande maioria do post. A maioria dos casais não tem por base esse sentimento nem todos os outros sentimentos que dele derivam. E cada vez vejo mais isso. O que prende muitas das pessoas é o hábito e o medo de ficarem sozinhas. As pessoas depois de terem um relacionamento têm medo de voltarem a ser solteiras. Medo de esse estado se tornar permanente. Medo do qu os amigos dirão. Da pena que recairá sobre elas. Dou por mim, por vezes, a dizer a amigos que voltam a solteiros "não é o fim do mundo!".
    Só não concordei com uma coisa. "Gostam dela, estão dependentes dela, nutrem um sentimento de posse." Não acho que a totalidade de causas que fazem com que alguém se sinta assim ao encarar esta cena sejam essas. Muitas sim. todas não. Acho que ver quem amamos feliz é bom, mas nas conjecturas que apresentas-te, não. Não pela posse. Não pelo ciúme. Pelo medo sim. Medo que aquela outra pessoa esteja a fezê-la mais feliz que nós. Medo que ela nos abandone. De que nos vale amar se não lhe podermos dar esse amor. Dai percebi a tua ligação amor/medo. Eu talvez nunca tenha amado. Acho que para amar é preciso podermos dar tudo de nós. Ter feedback desse amor para desenvolve-lo. Eu nunca tive essa oportunidade. Gosto muito de pessoas. Até demais. Sofro por ver que não querem o meu amor. Tenho medo quando as vejo com outros a ser felizes. Não por sentimentos maus mas sim porque essa pessoa pode preterir essa pessoa a mim. e isso vai me deixar infeliz, não por me deixar solteira mas sim por não me deixar ama-la e dar-lhe tudo de mim.

    Ver o nosso amor com outro a ser feliz, pode nao indicar que esse alguém o faça mais feliz mas pode ser um inicio. O ciúme é mau, mas o medo é perfeitamente aceite.

    Parabéns pelo bom trabalho, adoro o modo como escreves. E acredita que não é fácil encontrar um tipo de escrita que nos prenda ao longo de um texto tão alargado. Acho que é porque se aprende sempre um pouco com eles:)

    Beijinhos

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  24. Viva gentes!

    Aqui ficam alguns comentários aos vossos comentários :)

    Noite passada: gostei tanto de te ler, obrigado pela partilha. Eu aplico na minha vida a maioria das coisas que aqui relato. Identifico-me em parte com esse dito mas não tanto a esse nível. O que aqui partilho pode parecer surpreendente para muitas pessoas mas na realidade eu não vos estou a dar nada de novo. Tudo o que eu aqui disse até agora vocês já sabiam. Dentro de vocês, na vossa essência... as pessoas sabem. Isto não é nenhum conhecimento assim tão secreto, são apenas uma pontinha do iceberg da Realidade. E realmente - quem sabe - não partilha demasiado, nem deve partilhar. Hoje em dia perdemos o sentido o sagrado. Tudo é volátil, é por isso que não damos valor a nada. Conhecimentos extraordinários - se colocados aqui num blog - perderiam toda a sua magnificência. Porque seriam teorizados, racionalizados e não praticados, experienciados e vividos. Eu acredito que certas coisas são demasiado especiais para se divulgarem abertamente e que pertencem apenas aqueles que realmente estão preparados para as aprender. Aqui partilha-se apenas algumas bases para melhorar a vida sexual de quem assim o desejar, e consequentemente construir melhores relações de Amor e assim, produzir mais Felicidade na nossa vida. Possa este propósito ser cumprido :)

    : bem-vinda :)

    Observador: Viva Observador, bem-vindo :) Compreendo o teu cepticismo. Falei disso no início do meu último post. Eu sou uma dessas pessoas e eu conheço várias que também vivem o Verdadeiro Amor. Mas só as comecei a conhecer quando me abri a isso. Se esse for o teu desejo, try it. Um abraço :)

    S*: Obrigado por finalmente comentares S*, fico mt feliz. Um abraço*

    AlgoTonta: Tsunami do Pseudo-Amor! Que título perfeito. Se algum dia citar este texto noutro lugar - com a tua permissão - ponderarei utilizar esse título. Me gusta mucho :) E esse sentimento que sentiste depois do texto, essa faísca aí dentro que a tua mente e o teu ego se apressa a apagar, é a tua ligação com o teu Eu. Fui aprendendo ao longo da vida que quando algo me incomoda e assusta... normalmente é por aí. A transformação, o crescimento, a Verdade, a Felicidade... são por aí. Investiga-te ;) *


    Lia: adoro o teu nome. Que bom que viver sem medo. Irradia esse estado, inspira os que te rodeiam. E Ama ;) *

    Kuka: Eu espero que muitos. Seguramente será complicado transformar e aprender meramente pelas palavras aqui deixadas... por isso - como já referi - em breve divulgarei workshops e actividades onde as pessoas podem ir realmente aprender, praticar e transformar algo. Possam estes textos ter o dom de - pelo menos - devolver a fé às pessoas. De lhes dar uma brecha de luz, de "é possível" de "eu quero". A motivação é o primeiro passo. E os que vão conseguir Amar assim, serão tantos quantos os que acreditarem nisso. Nem mais nem menos. :) Obrigado pela tua exposição*

    Lisa: querida Lisa, as meninas cujos meninos lerem e aprenderem algo devido a Ti, agradecem :D Um grande bem-haja pelo serviço público* :)

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  25. João: não tinhas pensado mas - provavelmente - no fundo de Ti já sabias... não é nada de novo :)

    Izzie: boa. Não fujas desse medo, não fujas das questões, não fujas. Não deixes que isto sejam apenas palavras, que ouves e depois esqueces, que não produzem nada de novo. Acenar com a cabeça, dizer "sim senhoras" e depois voltar a vidinha normal não serve para nada. Palavras leva-as o vento. Faz com que tenha significado. Com que mude alguma coisa. Nem que seja um milímetro da consciência. Força :)

    Tiago: viva Tiago :) Compreendo muito bem o que sentes. Mas repara, tu comparaste-te a um Leão. Podias ter-te comparado com um louva-a-deus. Ou com uma aranha. Não comparaste e eu percebo porquê. Esta é uma questão de consciência e daquilo que tu queres ser. Queres ser apenas instintivo como os animais? Ou queres usar o teu intelecto superior? Queres ser básico como a maioria dos homens, ou queres ser um homem extraordinário? O que é que queres ser? É que para muitos homens nem é preciso comprarmo-nos aos animais. Para muitos homens é perfeitamente natural - se apanharem a sua mulher com outro - darem um tiro aos dois. Esse é o nível de consciência deles. Não conseguem ver mais a frente, mais elevado. Este tipo de homens é aquele que normalmente passa o dia no cafe a ver futebol, beber e falar de gajas. E que trata mal a mulher e os filhos. E para eles - que são uma vasta camada no nosso país - montes de comportamentos absurdamente animais, irracionais, violentos e trágicos são perfeitamente justificáveis. Qual é o nível de consciência que queres ter? Onde queres chegar? O que queres obter? Tudo depende disso. Eu só te posso responder como eu sinto: Não, não é suposto teres ciúmes. E compreendo que não sintas isto. Mas, se quiseres sentir, aplica-te, investiga-te, percebe-te. Percebe esta dicotomia do medo e do amor... e pratica ;) Um abraço

    André: Grande filme, amei o Donnie Darko. Obrigado pela referência ;) Um abraço.

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  26. Capitão: em relação aos teus comentários... e se eu te disser que é possível que a paixão não se vá? Se eu te disser que é possível teres uma relação em que tudo cresce com o tempo, em vez de ser reduzida ao mínimo denominador comum? Se eu te disser que todos os dias podem ser uma descoberta, que todas as vezes que se faz amor pode ser uma novidade? Se te disser que podes - ao final de mais de um ano de relação - continuar a fazer amor pelo menos 7 vezes por semana? E continuares a sentir saudades e desejo? Eu digo-te que é possível, mas acredito que seja complicado acreditar em mim. Nem eu quero que acredites... podes experienciar na primeira pessoa. Irei recomendar algo em breve que poderá ajudar neste sentido :) Muito agradecido por tão valoroso contributo, Um abraço Capitão.

    Carla: Compreendo o que dizes mas - de facto - na visão deste Amor Verdadeiro nada é necessário para que ele exista. Talvez a analogia mais próxima que temos é aquele amor de mãe. Aquele à antiga, a sério, sem "ah fizeste isto já não és meu filho". Sabes esse Amor? Imaginas uma mãe deixar de Amar um filho só porque ele não a ama a ela? Ou porque ele a trata mal? ou porque ele é uma besta? Não. O Amor Verdadeiro não está dependente de nada, apenas é. :)

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  27. Capitão: Viva novamente :) Estou muito de acordo com quase tudo o que dizes neste post, bravo :) Só queria discordar de uma coisinha... o orgasmo não é algo meramente físico. Alias, o momento preciso do orgasmo é o mais perto que tu chegas do sentimento que obtens num estado de Amor Verdadeiro. Não é algo que vá ser falado aqui... é apenas para te deixar algum food for thought :) (vi agora que também deste o exemplo dos filhos, bem-hajas! :))

    Celinha: Fiquei tão feliz de te ler :) Coragem, não estejas quase a passar, passa mesmo. Rasga a tua própria casca, reiventa-te e redescobre-te. Não cedas às oscilações da mente que agora quer, depois já não dá jeito. Transforma-Te, sê feliz. Estou contigo... força* :)

    MRP: Viva, é sempre tão bom ler-te :) Sim, devo concordar contigo: a minha religião é o Amor... e este texto está um pouco religioso. Espero que isso não desvalorize a mensagem. Obrigado :)

    Miss Kin: Precisamente. Potenciar ao máximo a felicidade e alegria do ser com quem estamos. Dar, partilhar, Amar. Isto sem cair no extremo de nos despersonalizarmos, de vivermos "em função de", etc etc etc :) Faço votos que continues, mantenhas e eleves ainda mais esse estado de Amor :)

    Deirdre: Viva :) Bom estamos sempre susceptíveis aos mapas de realidade dos outros. Mas atenta que desapego não é indiferença... talvez o que as pessoas te tentaram dizer é que eras desligada... que realmente não te sentiam próxima, não sentiam o teu Amor, o teu carinho, a tua dedicação... talvez... ;)

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  28. Rosinha: sim... há coisas que nos transcendem. E o Amor é - normalmente - uma delas. E a tua postura é - a meu ver - correcta. Se o castelo desmoronar depois, desmorona. Se tivermos que vir a sofrer depois, que soframos. Mas não deixemos de viver por medo de sofrer. A melhor sorte* :)

    Laurinda: Viva Laurinda! :) Bom talvez eu não esteja a conseguir passar a mensagem da melhor forma, porque este blog já teve discussões exactamente opostas ao que referes... em prol do Amor, em detrimento do sexo. E é isto que eu defendo. Lamento se não me consegui fazer entender da melhor forma, mas realmente não era nada disso que eu estava a tentar passar. Um abraço :)

    Musas: Bom, não me parece possível que sofras porque não querem o teu Amor. O Amor nem se dá, o Amor sente-se. Se sentes Amor Verdadeiro por alguém isso deveria bastar. O problema é que precisas de o manifestar, precisas de inserir-te no espaço pessoal das pessoas, dar-lhes algo, ser fofinha, ser querida, marcar a tua presença. E isso alimenta-te. Quando as pessoas não o querem isso faz-te regressar ao teu vazio interior. E é isto que te incomoda, não o Amor. Digo eu, que nada sei... foi apenas uma percepção. Caso faça algum sentido experimenta amar alguém e não lhe dares nada a não ser esse sentimento. Só o sentimento. Nada mais. :)

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  29. Tem sentido. E eu sinto-me feliz a gostar de alguém. A gostar de tudo em alguém. Mas quando esse alguém não quer esse sentimento(que é o msmo de não ser correspondida) eu não fico bem. Fico triste. Sinto que o que eu sinto é desperdiçado. E piora se esse alguém encontra em outra pessoa o que não encontra em mim. Ninguém tem culpa. Mas custa muito. Não se consegue amar alguém eternament sem se ser amado também pois torna se algo de triste. Não darem valor ao que aos nossos olhos é tão especial.
    Eu não disse que o amor se dá. Nós senti-mo-lo por alguém e consequentemente da-mos algo de nós a essa pessoa.

    Sentir o amor é bom. e basta-me até certo ponto. Um sentimento como o amor tem necessidades. De contacto, de dádiva. De cuidado, de vivência. Não é o mesmo que amar uma peça de arte enternamente. Eu não disse que o amor me incomoda!:) Entristece-me nunca o poder viver na sua essencia da partilha, compreendes? E dizes para amar e não dar nada, além desse sentimento. Mas não é a única cois que podemos dar? Todo o resto são meras manifestações. A recusa delas por parte de alguém é a msma que a recusa desse sentimento.

    *****

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  30. optimo post! Eu tambem vejo as coisas desta forma e é o que prego na minha relação. Quanto sou eu que quero ser livre não admito medo da parte do meu companheiro, mas quando é ao contrario é complicado não ter inseguranças. Há alguma formula secreta para perder o medo? sei que tenho de abdicar do meu ego e do meu egoismo...mas é dificil. Ainda sou novinha e já reflicto muito sobre isso por isso acho que vou conseguir chegar la. Obrigado por nos fazer pensar :)

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  31. O medo que existe qd vemos o outro feliz não é mais do que a nossa auto-estima confusa ("não sou suficientemente boa para ele/a").
    Para atingirmos o amor de que falas temos de esquecer tudo o que nos ensinaram e sujeitarmo-nos a certos juízos caso divulguemos o nosso ponto de vista.
    O teu post foi uma maneira soft de colocar as coisas mas não é por isso que é menos verdadeiro, pelo contrário, vai à essência.
    O que eu acho é que, dos que lêem este post e concordam, poucos atingem realmente o que dizes (estou a ser presunçosa?).

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  32. Medo, é isso tudo!
    A resposta à maior parte das relaçoes que nao resultam... as pessoas tem medo de se entregar, de se envolver, de se dar, de se abrir, de se modificar, de se transformar, de se deixarem ir... tem medo de amar!...
    E depois, pior que isso, nao se dao ao trabalho - sim porque dá muito trabalho - em tentar mudar alguma coisa nas suas vidas e depois... novamente por medo... acomodam-se às vidinhas sem emoçoes, por vezes, com tudo "arrumadinho", com "tudo no sítio", com vidas aparentemente com quem todos sonhariam mas que, na verdade, nada sentem que valha realmente a pena?! Apenas medo!...
    Parabéns pela partilha que nos possibilita...

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  33. Viva,



    Há muitas formas de ultrapassar o medo, mas quase todas envolvem acompanhamento, um guia, alguém para nos orientar. Porque são raras as pessoas que têm a força e coragem para ir exactamente para onde dói mais, confrontar, enfrentar, ultrapassar.

    Aos bravos que quiserem tentar, é tão fácil: vejam onde dói mais, onde não compreendem, onde não tem lógica, onde irrita, onde indigna. É por aí. :)

    Abraço,

    The Love Coach

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  34. Olá,

    Entrei aqui porque meu irmão me passou o link e disse um "divirta-se". Na verdade, na verdade, vi mais de verdade escrita que diversão propriamente dita. Vivemos num mundo em que temos a visão embaçada das coisas. Interpretamos tudo conforme a nossa pobre visão da vida. Estou lendo um livro que fala do conhecimento Tolteca e eles dizem exatamente isso: somos todos artistas da vida. Cada um dá o seu colorido com as cores que tem nas mãos.

    Seu texto poderia ser encenado pelo grupo "Cia Os Melhores do Mundo", ir para o teatro, porque ele foi escrito com humor, ironia. Mas por trás dessa forma de escrever, eu vejo uma grande verdade. Parabéns.

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  35. Adorei o post. E concordo com o que está escrito e como está escrito. Ou seja está escrito de uma forma muito boa, e é digamos uma "filosofia" que defendo. Ao ler fiquei esclarecida em certa parte, principalmente que certos sentimentos nao provem do amor, como eu já pensava, mas assim do medo, o que tem muita logica. O medo é um sentimento, se assim se pode chamar mais basico no nossa cerebro, por tal é normal que seja mais usado, e que seja para nossa protecção. O amor em si é algo vasto e complicado sim. e Acho que vulgariza se muito essa palavra. Algumas pessoas acham que amam, dizem isso, mas depois pelos vistos é conversa da treta. Quem ama nao possui, poe exemplo. Enfim...acho que o amor como aqui foi dito é dificil de descrever, tal como o orgasmo. Digo isto porque eu nao sei descrever isso, é onde nao penso e por tal sei lá o que é. sei que é bom né. O amor penso que seja o que sobra de uma relaçao, depois da paixao, desejo, etc é como que os alicerces que fazem uma relaçao funcionar. è como uma energia criativa que nos unifica e nos torna melhores pessoas. porque enfim...creio eu que o amor seja como uma energia que temos cá dentro. de facto acho que a energia sexual, que é mais basica, pode ser elevada até pontos mais elevados, como fez Jesus Cristo. é o que penso em traços gerais.
    Agora se eu sei o que é o amor? Pois nao sei explicar, e acho que quanto mais penso menos sei. Se sei o que é a felicidade? Pois também nao sei, talvez nao pensar e conformar mo nos com o que temos seja uma parte da soluçao se assim se pode dizer.
    enfim...acho que ler isto ajuda sempre no nosso desenvolvimento pessoal, porque afinal porque estamos aqui? Para trabalhar e ganhar dinheiro? penso que seja para encontrarmos um sentido da vida, enfim...nao sei bem....
    mas gostei do que li. Já os comentarios nao os li todos. mas com tempo, passo aqui mais vezes. e digero isto melhor.

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  36. Aqui fica um frase de Osho que tem tudo haver.
    "O medo nada mais é do que ausência de amor.
    Faça as coisas com amor, esqueça o medo.
    Se amar, o medo desaparece." (Osho)

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  37. Foi à procura de respostas para a ausência do saber/querer chegar ao pleonasmo da semântica do amor, por parte do meu marido, que descobri este blog (a www tem as suas partes boas!). Sei exactamente o que o coach escreve, como sente e realça a supremacia do sentimento de Amor vs medo! Estados já por mim descobertos e exacerbadamente sentidos. Hoje considero-me uma pessoa mais rica e feliz por os ter descoberto e vivido! Pena tenho de quem nunca fará para os conhecer e sabe separar. E, pelo motivo de saber o quanto é gratificante sabe-los que quero ajudar outros a sentirem a semântica dessa dicotomia. Para se perceber o amor é obrigatório saber o que é o medo, a partir desse momento tudo na vida se torna transparente e fácil.
    A minha dúvida, porque estamos sempre a deparamo-nos com pessoas/ mentes tenras, é como ensinar - quando assim o querem - a atingir o pleno estado de amor, a saber fazê-lo/ particá-lo. Poucos, são os que têm a capacidade e força interior de o conquistar devido ao travão medo. Pela experiência, acho que o amor deve ser sempre passado, tal como na religião. Só deve praticar quem realmente é crente. Tal como o Coach faz, uns entendem, outros acham que sim, outros nem por isso e há os que não estão nem aí! Mas, como posso explicar/ ensinar o que os outros não entendem?

    Obrigada pelo blog!

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  38. Subscrevo inteiramente!
    Nada mais tenho a acrescentar.

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  39. Ah. O meu comentário foi curtinho, mas não li o post na diagonal. :)

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  40. Bem-vinda Hazel!

    Ao fim de uns anos, volta a surgir um comentário nesta missiva. O Coach agradece! :)

    Paz,
    The Love Coach

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  41. Querido Coach, obrigada por este raminho de árvore onde me agarrei um bocadinho mais hoje. Sabes? Aqueles raminhos preciosos que subitamente aparecem no momento certo, com sentido e significado para algo que estava a flutuar 'cá para dentro'.
    Sabe, Coach...queria partilhar aqui, com a sincera humildade de aprendiz, o que senti em relação a algo que escreveu. No momento em que li a parte da descrição dos amigos no banco, a trocarem carinho e gargalhadas, e me pus no papel da pessoa da relação que observa...senti de facto o ciúme, uma tristeza..mas ao mesmo tempo estava feliz por aquela pessoa. Mesmo sentindo as emoções egoístas, ou egóicas nem sei, sabia que essas emoções negativas eram minhas, os meus medos, as minhas inseguranças, e por isso não agrediam, nem disparavam em relação ao outro. Ficavam em mim, punha as emoções nos seus lugares (o que continuava a não ser bom de sentir, mas era entendido por mim como uma coisa minha a resolver, e não culpa daquele outro).
    Sinto, de alguma maneira, como se pudesse compreender o amor condicional, embora nunca o tenha sentido, que no amor verdadeiro não existe medo, nem pontinha de ciúme...mas há em mim um amor pelo homem pelo qual senti ciúmes. Há medo em mim, mas há amor pela outra pessoa, embora ainda esteja diminuído pelo medo que em mim lhe tira espaço.
    Venho partilhar a ideia que surgiu do meu sentir-das-coisas ao ler “Vocês sentem ciúmes exactamente porque não estão a Amar aquela pessoa”, de que talvez haja espaço para o amor, mesmo na presença de ciúmes e tristezas..embora nao perto da sua plenitude. Talvez seja amor reconhecer aquilo que nos pertence, e querermos resolve-lo dentro de nós, para que possamos conquistar sinceramente mais na nossa relação com o outro, amá-lo mais e mais. Talvez haja amor ao mesmo tempo que há ciúmes...aquele amor-que-ainda-não-o-é-inteiro que permite ‘derrotá-los’ e querer aprender com essas emoções, para depois dar lugar, aos poucos, a cada derrota dos terríveis ciúmes e inseguranças, ao amor.
    Um abraço :)

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  42. Já percebi porque é que me sinto tão incompreendida... estou na percentagem mais baixa:p
    gostei imenso do texto. vibrou bem no centro do meu coração. muito grata alma querida.
    abraço com saudade.

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  43. Nunca li algo com o qual me identificasse tanto. Obrigado pela reflexão.

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