Saudações caros jactantes!
Vamos finalmente abordar uma das "chaves" para essa porta adunca que é a virilidade. Essa chave chama-se polaridade sexual. Será uma epístola em 3 actos:
- Um pouco de história
- A Chave
- Desenlace
Um pouco de história:
Há muito muito tempo atrás, um jovem chamado Pedro conheceu um portentoso mestre espiritual, agarrou numa pedra e construiu uma igreja. Esta igreja cresceu e expandiu-se ao longo de vários séculos e acabou por vir controlar e condicionar todo o pensamento ocidental acerca do sexo, da mulher e da sua energia. (Noutras tradições há também grandes exemplos de péssima relação com a energia feminina).
O homem sempre teve dificuldade no trato com a energia feminina e, numa sociedade regida pelos princípios católicos, aconteceu algo deste género: "Deus diz que é feio sentir, pensar e fazer estas coisas... e eu sinto e penso e faço isso com as mulheres, a culpa é delas.". Isto levou ao estigma de que as mulheres ou são virgens, ou são prostitutas. Não há meio-termo. Mesmo as casadas, podem fazê-lo mas têm que ter vergonha de o fazer.
Assim escalou para todo o tipo de abusos aos direitos das mulheres, a uma profunda repressão da verdadeira feminilidade. E é de uma energia tantos e tantos anos recalcada - e profundamente poderosa - que surge nos dias de hoje - e com toda a legitimidade - o feminismo.
E que tem tudo isto que ver com ser Homem? É que a responsabilidade pelo estado em que estamos hoje é nossa.
humphrey bogart e lauren bacall
A Chave
Ora bem, chegados agora ao busílis da questão, aqui fica a chave.
Devido à estupidez dos nossos antepassados masculinos, hoje em dia as mulheres lutam por uma igualdade e superação da masculinidade. Esta luta assenta sobre falácias que nós mesmos criámos, nomeadamente de que somos diferentes no sentido de sermos melhores. Assim, as mulheres - que não são de forma alguma seres inferiores, pelo contrário - buscam igualdade com os homens, ser "tão boas ou melhores que", e isto é o princípio do fim.
Homens e mulheres não devem ser iguais.
Somos profundamente diferentes, o que nós temos que alcançar - para chegarmos à nossa natureza máscula - é a diferença. A diferença real não significa melhor nem pior. Significa que estamos ambos exactamente no mesmo patamar, mas em pólos opostos.
Desenlace
O problema é que, estando inconscientes das ideias em epígrafe, temos caminhado cada vez mais próximos. E por isso temos homens a fazer manicures, pedicures, limpezas faciais, extremamente frágeis, inseguros, e todo um sem fim de atributos que tiram o apetite até às pedras da calçada. Da mesma forma temos mulheres altamente poderosas, cheias de força, de determinação, insensíveis (ou pelo menos tentam aparentar sê-lo), que frequentemente "assustam" os homens.
Porque esta é a ideia vigente: uma mulher ser feminina, sensível, dócil, bonita e sensual é sinónimo de fraqueza. E um homem ser viril, energético, determinado, confiante e forte é sinónimo de machismo.
E assim é, petizes. Procurem redescobrir a vossa natureza. Onde está a força, o heroísmo, a confiança, o dinamismo, onde está a inabalável segurança de um Homem a sério? Deixem de ser meninas.
Sendo nossa a culpa pelo estado neutro a que chegámos, cabe a nós a maior fatia de responsabilidade para recuperar a polaridade. Essa é uma das características de um Homem a sério: polarizar a sua companheira, fazê-la sentir-se profundamente Mulher.
"It's not the men in my life that count, it's the life in my men" - Mae West
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